quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ao melhor de todos - final


O desespero de Anne


Recebo finalmente meu primeiro prêmio literário no exterior – mais precisamente, na França. Acontece que, no dia da entrega, estarei em Los Angeles por causa de compromissos assumidos anteriormente. Anne Carriére, minha editora, fica desesperada. Fala com os editores americanos, que se recusam a abrir mão das minhas conferências já programadas.
A data do prêmio chegando, e o premiado não poderá ir; o que fazer? Anne, sem me consultar, liga para Jorge Amado e explica a situação. Na mesma hora, Jorge se oferece para me representar na entrega do prêmio.
E não se limita a isso: telefona para o embaixador brasileiro e o convida, faz um lindo discurso, deixa todos os presentes emocionados.

O mais curioso de tudo isto, é que eu só iria conhecer Jorge Amado pessoalmente quase um ano depois da entrega do prêmio. Mas sua alma, ah, essa eu aprendera a admirar como eu admiro seus livros: um escritor famoso que jamais despreza os principiantes, um brasileiro que fica contente com o sucesso de seus conterrâneos, um ser humano sempre pronto a ajudar quando lhe pedem algo.
Obrigado, Jorge. Que o mundo cada vez conheça melhor seu trabalho, porque ele foi escrito com o talento de um gênio - por um homem de bem.

2 comentários:

  1. Bom dia ANA !!

    Que estória linda. quanta generosidade.Adorei essa passagem da vidas de dois grandes artistas.

    Um dia cheio de muita LUZ!! Mil beijos!!

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  2. Ola Ana!
    Obrigada pelos mails que tem enviado. Lei-os sempre com muito agrado.
    Eu gosto muito do Jorge Amado. Tenho muitos livros dele e gosto de o ler. Quando li "A Baia de Todos os Santos" a sensaçao que eu tinha e que conseguia ao ler estar exactamente nos lugares descritos.
    Gostei imenso.
    Bj
    Milai

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