Por que para tantos o trabalho é um fardo?
Algo que se traduz em fazer, fazer, camelar, camelar, lutar e lutar?
A resposta é simples, pessoal: por questões culturais.
Desde criança, ouvimos que trabalho é sinônimo de compromisso e obrigação.
Não sei o quanto você se livrou disso, mas a forma como hoje você vê e aborda o trabalho faz sua experiência ser desta ou daquela maneira. Se a sua visão, por exemplo, não é adequada, seu proveito é zero. Ou seja: não há realização para o seu espírito nem para si mesma.
É isso mesmo, gente, porque trabalho é também a oportunidade de realizar-se. Quando a gente tem gosto de fazer tal atividade, não existe peso, somente a consciência de acertar.
Quando a cabeça está aberta, nosso espírito é genial, tem inteligência e leveza, além de transformar o trabalho em algo supereficiente. Aquilo que demora para sair acaba sendo feito com rapidez e competência anormais, com menos desperdício de força e mais prazer.
O inimigo de trabalhar com o espírito é essa praga de que tudo deve ser feito com seriedade, medo, preocupação e, o pior, por obrigação.
Dizem assim: “Você tem que fazer”.
Resultado: surge aquele truque que acomete todo ser humano, que se chama preguiça. Seu corpo fica pesado e você só atrai coisa ruim. Esse não é o seu certo! Automaticamente, você se deixa ainda contagiar pelo maldito orgulho: “Eu tenho que ser maravilhosa, tenho que ser perfeita, tenho que conquistar tal cargo etc.”. Ou seja, você cria um modelo para se apoiar, quando, na verdade, nem é isso o que seu espírito quer.
O que é grandioso para o espírito pode ser algo bem diferente do que você procura agora. Lembre-se: o grande momento não é aquele em que você ganhou um bom dinheiro ou foi aplaudida pelas colegas. É aquele em que você sentiu e gozou (com o perdão da expressão). Não tem jeito: precisamos alimentar aquilo que nos dá prazer. O prazer da alma nutre, satisfaz de uma forma contínua e duradoura. Trabalho tem que ter essa qualidade. Mesmo fora do serviço, a cabeça está nisso. No maior tesão, você acaba tendo idéias.
Como podemos, portanto, cultivar o nosso espírito no trabalho?
A primeira coisa é compreender que você não pode deixar prevalecer na sua cabeça aquilo que herdou da família.
Como se libertar disso?
Volte-se para aquilo que realmente sente. Você precisa acabar com os “eu tenho que”. Enquanto houver isso, haverá resistências contrárias à sua satisfação. Largue essas malditas amebas e banque-se. Você pode até me dizer: “Ah, porque eu sonho muito com tal coisa.” Grande tolice! Quem sonha é o seu ego. Ele não só sonha, como ainda despreza suas riquezas do momento. “Ah, mas eu não posso ter metas?” Claro que sim, desde que elas não transformem a sua vida em um tormento. Por que, do contrário, onde fica o seu prazer? Por outro lado, você pode ter uma meta e ir caminhando em direção a ela numa boa. Se cada etapa é bem aproveitada, curtida e saboreada, tudo bem. Nesse caso, o “chegar lá” não é tão importante quanto o caminho percorrido.
Lembre-se de que a vida não é uma competição. É uma trajetória, um modo de estar e de ser.
O ideal é tirar proveito desse caminho...
O ideal é curtir o agora.
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