Apesar de todas as previsões favoráveis feitas pelos místicos para este ano, ele começou com tragédias provocadas por chuvas impiedosas, que derrubaram pontes e casas, deixando famílias desabrigadas e matando pessoas.
Seria isso fatalidade ou descuido nosso?
As constantes agressões humanas contra o ecossistema nos mostram que se trata mesmo de uma reação natural das forças que comandam o equilíbrio do planeta em busca de restauração. Muitos ainda não perceberam que o planeta tem vida e leis naturais que o sustentam e tornam possível nossa sobrevivência aqui. Destruí-las significa derrubar nossa casa, nos deixar impotentes e sem meios para subsistir.
Talvez a recente destruição que assistimos seja um recado, uma premonição. O objetivo? Nos fazer aprender a preservar a casa que nos acolhe, que nos oferece desde o corpo físico - e nos possibilita interagir neste mundo - aos alimentos, o ar que respiramos e suas belezas naturais. Nosso povo é solidário e sempre ajuda as pessoas atingidas. Já as autoridades prometem interferir para que essas tragédias não aconteçam novamente. Mas eu acredito que só vamos obter êxito com tal questão se a população fizer a sua parte.
Infelizmente, é comum vermos muito lixo jogado nas ruas por moradores, que, na sua ignorância, depredam telefones, pontos de ônibus, monumentos, etc.
Pense em quanto dinheiro - aliás, o nosso dinheiro - é gasto pelas prefeituras para manter as cidades limpas e todos os serviços públicos funcionando corretamente.
Mas como podemos impedir que pessoas inescrupulosas joguem entulho em várzeas ou que construam casas em lugares impróprios e as vendam, provocando alagamentos?
Acho que a maior razão desse problema é a educação.
As pessoas agem assim porque ignoram a extensão do mal que fazem.
Certa vez, eu e meu filho, Luiz Antonio, estávamos em Paris, numa tarde de verão, caminhando por um bairro residencial, observando a bela arquitetura das casas. Um homem muito elegante andava adiante de nós. Vimos que, de repente, ele parou perto do jardim de uma casa, onde havia uma trepadeira florida, cujo galho se alongava para fora. Achamos que ele iria apanhar as flores. Mas ele segurou delicadamente o galho e o encaixou no arbusto. Depois, continuou andando calmamente. Era bem educado e sabia respeitar a natureza.
Tal comportamento nos faz perceber a boa educação que as pessoas demonstram nos países desenvolvidos, atitude que os ajuda a construir uma vida muito melhor.
Estou certa de que só vamos conseguir melhorar nosso padrão social se dermos prioridade aos projetos educacionais. Afinal de contas, a ignorância é a causa de todos os males. Toda pessoa deseja ser feliz e fazer o melhor. Se escolhe o mal é porque não sabe como conseguir o que quer: a infelicidade é consequência da ignorância. Em compensação, a pessoa informada e esclarecida, que assume a responsabilidade por sua vida, sabe que os equipamentos públicos beneficiam todo mundo se forem preservados. Educar nosso povo é um longo caminho a percorrer, mas é o único possível para transformar nossa sociedade em algo melhor, tornando-a mais justa e mais feliz. Apesar do sofrimento dos acontecimentos da última passagem de ano, vamos olhar com otimismo para o nosso futuro.
Eu convido todos os leitores desta revista para uma cruzada contra a ignorância. Vamos ler, estudar, divulgar boas ideias e passar adiante o que aprendemos. O universo vai agradecer abençoando a todos nós.
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