Todos atravessamos momentos na vida nos quais precisamos parar um pouco, respirar e tentar ordenar os pensamentos, a fim de recuperar o equilíbrio.
Você tem vivido uma fase dessas? Que bom! Olhando bem, talvez descubra que, ao assumir problemas e responsabilidades que não são suas, transformou seu dia-a-dia em confusão; envolveu-se em situações delicadas. Agora, tenta encontrar soluções e não consegue - pudera: elas não dependem de você!
Essa mania de grandeza, esse ego imenso que todos carregamos, nos impede de enxergar nossos limites.
Sentimo-nos constragidos de dizer 'não' por julgarmos a negativa como ofensa grave quando, na verdade, ela apenas significa recusar algo que não desejamos/podemos fazer. Claro: se alguém nos pede um favor e sentimos vontade/possibilidade de fazê-lo sem nos prejudicar, pode ser algo bom. Faz bem à nossa alma. Mas ajuda é coisa muito delicada, a ser praticada com inteligência para dar bom resultado. Afinal, muitas pessoas preferem pendurar-se nos outros, evitando, assim, assumir a responsabilidade pela própria vida.
Quando alguém com esse perfil se aproxima solicitando algo, nos sentimos incomodados e sem nenhuma vontade de atender. Então, sem coragem para usar de sinceridade – e essa seria a ajuda mais indicada! - tornamo-nos reticentes. Tentamos enrolar em prol de comprovar o quanto somos bondosos. Mesmo pretendendo não atender, prometemos ajudar. Resultado? Candidatamo-nos a futuras e inevitáveis cobranças.
Para agravar, em nosso país, é cultural a obrigação de ajudar os outros. Fica feio você recusar. Por esse motivo, há muita gente esperando tudo dos outros, colocando-se na posição de vítima, o que impede qualquer realização de progresso. Pois crer que os outros podem resolver todos os seus problemas é viver na ilusão. Para se defender da desilusão, você precisa enfrentar seu orgulho com coragem e dizer a verdade. Adote uma postura e fará com que a pessoa entenda que ela pode fazer a sua parte – e possui meios para isso!
Diga-lhe que basta olhar as pessoas que estão bem, que conquistaram uma vida melhor para descobrir que andaram com as próprias pernas para chegar onde estão. Conhecer nossos limites não é diminuir nossas reais qualidades, mas controlar nossas pretensões. Desejar ser mais e melhor do que é só aumenta o estresse. Assumir mais compromissos do que é capaz de realizar torna sua vida um inferno, impede que você cuide como se deve do que realmente é de sua responsabilidade.
Cuidar de você é sua principal missão. Por isso, analise suas atitudes. Não para se autocriticar, mas para reconhecer seus pontos fracos e, com paciência e especialmente bom senso, tentar reorganizar sua vida de maneira mais harmônica. O primeiro passo será desvencilhar-se de todos os compromissos que estão deixando você infeliz. Tenha coragem para assumir a sua verdade. Reconheça que exagerou e deixe que os outros cuidem da própria vida. Você pode até dar apoio moral, mas sem fazer a parte que cabe a eles no processo.
A partir disso, terá mais tempo livre. Para conhecer-se melhor, descobrir suas fontes de prazer para encontrar a alegria de viver – que sempre aparece quando você fica no presente, reconhecendo o que já tem de bom. Rodeie-se de coisas belas, mesmo singelas e simples. A alegria é tônico da alma. Reserve um tempo para ficar sem fazer nada, relaxando... Ou para dedicar-se a algo que gosta muito, acreditando estar tudo bem em sua vida e que forças positivas do universo cuidam das coisas que não dependem de você. Reaja, sua vida pode e deve ser muito melhor do que é!
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