sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Do intervalo

O guerreiro sabe que, de vez em quando, o combate é interrompido. Não adianta forçar a luta; é necessário ter paciência, esperar que as forças entrem novamente em choque. No silêncio do campo de batalha, escuta as batidas de seu coração. Repara que está tenso. Que tem medo.

Com as mãos suando frio, constata que o intervalo do combate é mais terrível que a luta em si. E lembra-se que não pode contar apenas consigo: precisa de amigos, conselheiros, e aliados.

O guerreiro faz um balanço de sua vida; vê se a espada está afiada, o coração satisfeito, a fé incendiando a alma.

Paciente, sabe que a manutenção é tão importante quanto a ação.

Sempre tem algo faltando. E o guerreiro aproveita os momentos em que o tempo pára.

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