Uma vez eu caminhava com meu mestre por um campo perto de Cabo Frio. Ele dizia: “olha ali uma bromélia!” E logo depois: “vê esta orquídea!”
Meus olhos não estavam acostumados ao milagre das coisas pequenas. Tudo o que via diante de mim era uma confusão de plantas verdes e nada mais. Aos poucos, andando com ele, aprendi a educar a vista e a buscar a planta que queria.
O mesmo se passa com os Sinais de Deus, que aparecem na maneira como Ele procura ajudar a dirigir nossas vidas. Só um olho treinado consegue vê-los.
Hoje – embora ainda cometa erros – acostumei-me a distinguir no cenário à minha frente a caligrafia de Deus. Assim como a beleza da orquídea se destaca para quem sabe que elas existem, os Sinais se mostram para quem tem a coragem de decifrá-los.
William Blake, poeta e pintor inglês, disse:
“O tolo não vê a mesma árvore que o sábio.”
Custei a entender isto, mas acabei aprendendo.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
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