Num belo livro, mas com um horrível título, “Canja de galinha para a alma” (Ed. Ediouro), a mãe comenta com a filha como se preparar para a vida:
“No mundo inteiro, não há ninguém como eu. Sou dona de meu corpo, dos meus pensamentos, das minhas ideias. Pertencem a mim as imagens que meus olhos contemplam e eu preciso saber escolhê-las. Possuo minhas próprias fantasias, meus sonhos, esperanças e medos. Uma vez que sou dona de mim, preciso me conhecer intimamente e possibilitar que todo o meu eu trabalhe a meu favor. Há aspectos em mim que me confundem, outros que não conheço. Mas esteja ou não de acordo com tudo o que sou, é autêntico e representa o momento em que vivo. Tenho ferramentas para melhorar, para ser produtiva, e para organizar o que está desajustado. Sou dona de mim. Sou eu mesma e estou bem”.
sábado, 18 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Por que precisamos seguir um modelo!!
"Por que precisamos seguir um modelo!!!"
A frase é de Pablo Picasso: “Deus é um artista. Ele inventou a girafa, o elefante, a formiga. Na verdade, Ele nunca procurou seguir um estilo – simplesmente foi fazendo tudo aquilo que tinha vontade de fazer”.
Diz o mestre:
Quando começamos a percorrer nosso caminho, um grande pavor nos acontece; sentimo-nos obrigados a fazer tudo certinho. Afinal, já que cada um tem uma vida única, quem inventou o padrão do “tudo certinho?” Deus fez a girafa, o elefante e a formiga – por que precisamos seguir um modelo?
O modelo só serve para mostrar como os outros definiam suas próprias realidades. Muitas vezes admiramos os modelos dos outros, e muitas vezes podemos evitar erros que outros já cometeram.
Mas quanto a viver – bem, isto só nós temos competência para tanto.
sábado, 11 de dezembro de 2010
para pensar
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Uma história de Natal
Conta uma antiga e conhecida lenda, cuja origem não pude verificar, que uma semana antes do Natal o Arcanjo Miguel pediu que seus anjos visitassem a Terra; desejava saber se estava tudo pronto para a celebração do nascimento de Jesus Cristo. Enviou-os em duplas, sempre um anjo mais velho com um mais jovem, de modo que pudesse ter uma opinião mais completa do que ocorria na Cristandade.
Uma destas duplas foi designada para o Brasil,e terminou chegando tarde da noite. Como não tinham onde dormir, pediram abrigo numa das grandes mansões que podem ser vistas em certos lugares do Rio de Janeiro.
O dono da casa, um nobre à beira da falência (o que, aliás, acontece com muita gente que habita aquela cidade), era católico fervoroso, e logo reconheceu os enviados celestiais, por suas auréolas douradas na cabeça. Mas estava muito ocupado, preparando uma grande festa para celebrar o Natal, e não queria desarrumar a decoração quase terminada: pediu que fossem dormir no porão.
Embora os cartões de Boas Festas sejam sempre ilustrados com neve caindo, a data no Brasil cai em pleno verão; no lugar para onde os anjos foram enviados fazia um calor terrível, e o ar – cheio de umidade – era quase irrespirável. Deitaram-se em um piso duro, mas antes de começar suas orações, o anjo mais velho notou uma rachadura na parede. Levantou-se, consertou-a usando os seus poderes divinos, e voltou para prece noturna. Passaram a noite como se estivessem no inferno, tão quente que estava.
Dormiram muito mal, mas precisavam cumprir a missão que lhes fora confiada por Deus. No dia seguinte, percorreram a grande cidade - com seus 12 milhões de habitantes, suas praias e montanhas, seus contrastes, suas paisagens belas e seus recantos horríveis. Preencheram relatórios, e quando a noite tornou a cair, começaram a viajar para o interior do país. Mas, confundidos pela diferença de hora, de novo se encontraram sem lugar para dormir.
Bateram à porta de uma casa humilde, onde um casal veio atende-los. Por não terem acesso às gravuras medievais que retratavam os mensageiros de Deus, não reconheceram os dois peregrinos – mas se estavam precisando de abrigo, a casa era deles. Prepararam um jantar, apresentaram o pequeno bebê recém-nascido, e ofereceram o próprio quarto, pedindo desculpas porque eram pobres, o calor era grande, mas não tinham dinheiro para comprar um aparelho de ar condicionado.
Quando acordaram no dia seguinte, encontraram o casal banhado em lágrimas. O único bem que possuíam, uma vaca que dava leite, queijo, e sustento para a família, havia aparecido morta no campo. Despediram-se dos peregrinos, envergonhados porque não podiam preparar um café da manhã.
Enquanto andavam pela estrada de barro, o anjo mais jovem demonstrou sua revolta:
- Não posso entender tal maneira de agir! O primeiro homem tinha tudo o que precisava, e ainda assim você o ajudou. Quanto a este pobre casal, que nos recebeu tão bem, você não fez nada para aliviar o sofrimento deles!
- As coisas não são o que parecem – disse o anjo mais velho. - Quando estavamos naquele porão horrível, notei que havia muito ouro armazenado na parede daquela mansão, deixado ali por um antigo proprietário. A rachadura estava expondo parte do tesouro, e resolvi esconde-lo de novo, porque o dono da casa não sabia ajudar quem precisava.
“Ontem, enquanto dormíamos na cama que o casal nos oferecera, notei que um terceiro convidado havia chegado: o anjo da morte. Fora enviado para levar a criança, mas como eu o conheço há muitos anos, convenci que tirasse a vida da vaca, em seu lugar.”
“ Lembre-se do dia que está prestes a ser comemorado: como as pessoas dão muito valor à aparência, ninguém quis receber Maria. Mas os pastores a acolheram, e por causa disso, tiveram a graça de serem os primeiros a contemplar o sorriso do Salvador do Mundo.”
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Um conto de fadas
Maria Emilia Voss, uma peregrina de Santiago, conta a seguinte história:
Por volta do ano 250 a.C., na China antiga, um certo príncipe da região de Thing-Zda estava às vésperas de ser coroado imperador; antes, porém, de acordo com a lei, ele deveria se casar.
Como se tratava de escolher a futura imperatriz, o príncipe precisava encontrar uma moça em quem pudesse confiar cegamente. Aconselhado por um sábio, ele resolveu convocar todas as jovens da região, para encontrar aquela que fosse a mais digna.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos para a audiência, sentiu uma grande tristeza - pois sua filha alimentava um amor secreto pelo príncipe.
Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao ouvir que ela também pretendia comparecer.
A senhora ficou desesperada:
- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes apenas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta ideia insensata da cabeça! Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em uma loucura!
E a filha respondeu:
- Querida mãe, não estou sofrendo e muito menos fiquei louca; sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz – mesmo sabendo que meu destino é outro.
À noite, quando a jovem chegou ao palácio, lá estavam efetivamente todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, as mais belas jóias, e dispostas a lutar de qualquer jeito pela oportunidade que lhes era oferecida.
Cercado de sua corte, o príncipe anunciou o desafio:
- Darei para cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a flor mais linda, será a futura imperatriz da China.
A moça pegou a sua semente, plantou-a num vaso, e como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava da terra com muita paciência e ternura - pois pensava que, se a beleza das flores surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada brotou. A jovem tentou um pouco de tudo, falou com lavradores e camponeses – que ensinaram os mais variados métodos de cultivo – mas não conseguiu nenhum deu resultado. A cada dia sentia-se mais longe o seu sonho, embora o seu amor continuasse tão vivo como antes.
Por fim, os seis meses se esgotaram, e nada nasceu em seu vaso. Mesmo sabendo que nada tinha para mostrar, estava consciente de seu esforço e dedicação durante todo aquele tempo, de modo que comunicou a sua mãe que retornaria ao palácio, na data e hora combinadas. Secretamente, sabia que este seria seu último encontro com o bem-amado, e não pretendia perde-lo por nada neste mundo.
Chegou o dia da nova audiência. A moça apareceu com seu vaso sem planta, e viu que todas as outras pretendentes tinham conseguido bons resultados: cada uma tinha uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores.
Finalmente vem o momento esperado: o príncipe entra e observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, ele anuncia o resultado - e indica a filha de sua serva como sua nova esposa.
Todos os presentes começam a reclamar, dizendo que ele escolheu justamente aquela que não tinha conseguido cultivar nenhuma planta.
Foi então que, calmamente, o príncipe esclareceu a razão do seu desafio:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: a flor da honestidade. Todas as sementes que entreguei eram estéreis, e não podiam nascer de jeito nenhum.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Árvores
Uma vez eu caminhava com meu mestre por um campo perto de Cabo Frio. Ele dizia: “olha ali uma bromélia!” E logo depois: “vê esta orquídea!”
Meus olhos não estavam acostumados ao milagre das coisas pequenas. Tudo o que via diante de mim era uma confusão de plantas verdes e nada mais. Aos poucos, andando com ele, aprendi a educar a vista e a buscar a planta que queria.
O mesmo se passa com os Sinais de Deus, que aparecem na maneira como Ele procura ajudar a dirigir nossas vidas. Só um olho treinado consegue vê-los.
Hoje – embora ainda cometa erros – acostumei-me a distinguir no cenário à minha frente a caligrafia de Deus. Assim como a beleza da orquídea se destaca para quem sabe que elas existem, os Sinais se mostram para quem tem a coragem de decifrá-los.
William Blake, poeta e pintor inglês, disse:
“O tolo não vê a mesma árvore que o sábio.”
Custei a entender isto, mas acabei aprendendo.
Meus olhos não estavam acostumados ao milagre das coisas pequenas. Tudo o que via diante de mim era uma confusão de plantas verdes e nada mais. Aos poucos, andando com ele, aprendi a educar a vista e a buscar a planta que queria.
O mesmo se passa com os Sinais de Deus, que aparecem na maneira como Ele procura ajudar a dirigir nossas vidas. Só um olho treinado consegue vê-los.
Hoje – embora ainda cometa erros – acostumei-me a distinguir no cenário à minha frente a caligrafia de Deus. Assim como a beleza da orquídea se destaca para quem sabe que elas existem, os Sinais se mostram para quem tem a coragem de decifrá-los.
William Blake, poeta e pintor inglês, disse:
“O tolo não vê a mesma árvore que o sábio.”
Custei a entender isto, mas acabei aprendendo.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
A responsabilidade sobre nossos vícios
Várias podem ser as causas de um vício: a insegurança, a vaidade, a ideia de não ser uma pessoa boa o suficiente etc. Em todos esses casos, a forma como o indivíduo se vê acaba gerando uma pressão emocional muito grande - que alguns tentam aliviar com o consumo de álcool, cigarro ou quaisquer outras drogas.
Para tais criaturas, é um grande alívio relaxar, poder se expressar de maneira mais fácil... Dá-lhes uma agradável sensação de bem-estar. Daí, o principal motivo que dificulta o abandono dos vícios é um só: elas gostam deles. Afinal, quando bebe ou se droga, o inseguro, que normalmente não acredita na própria capacidade e sempre se coloca em último lugar, perde o controle
mental. Torna-se ousado e essa sensação é muito prazerosa, de tal sorte que ele deseja cada vez mais sentir-se assim.
Quando não confia em si mesmo, a pessoa se retrai. Mas continua sonhando em ser socialmente aceita. Então, finge ser mais do que é na ilusão de, assim, conseguir o que deseja. Procura se autoafirmar, promover-se, ter um desempenho muito acima de suas possibilidades. Sob essas circunstâncias, vive entre dois extremos. Vai do excesso de euforia à depressão e, em ambos os casos, o álcool e a droga aliviam o desconforto, ajudando-a a esquecer sua dor. Em todos os casos, o viciado é alguém que vive muito fora da realidade.
Não olha nem vê a vida como ela é, pois teme perceber seus pontos fracos. Por tabela, não consegue enxergar suas qualidades. Em sua grande maioria são mimados, pensam que os outros têm obrigação de lhes fazer as vontades. Não desejam fazer nenhum esforço para melhorar de verdade a própria vida.
Ao nascer, o espírito pode, sim, já trazer essa personalidade - desenvolvida em anteriores encarnações. Mas a finalidade é melhorar e, para tanto, eles precisam fazer a sua parte no processo. Desde cedo os pais precisam estar atentos para identificar essas tendências e, assim, ajudar os filhos. O primeiro passo? Não serem superprotetores, pois não estabelecendo limites nem disciplina, contribuem para que as crianças cresçam sem conseguir reagir e vencer.
A superproteção os torna mais dependentes do que são e impede que testem a própria capacidade. Afinal, vivem acomodados na certeza de que alguém sempre fará tudo para ele. O problema é que, fora do lar, a vida não funciona assim e o mundo certamente cobrará um desempenho mais real para o qual eles não estão emocionalmente preparados. Seja na vida afetiva, na profissional e até na social... Não importa: onde desejarem ter sucesso, terão de enfrentar a desilusão e a descoberta de seus pontos fracos.
Se ao invés de fugir através dos vícios eles decidirem enfrentar a verdade, reconhecerem o erro e as condições de mudar, conseguirão deixar o vício, reaver a autoestima e tornar-se pessoasmelhores. O poder da mudança está nele. Só ele tem possibilidade de fazer isso.
A influência de espíritos viciados ocorre de fato, mas eles não induziram ao vício. Pelo contrário: foram atraídos por ele. Ao se ligarem com o viciado, há uma troca energética entre ambos e eles sentem o efeito das drogas, do que se privaram depois da morte. Por isso, quando o viciado quer largar o vício, além da ajuda médica, deve buscar ajuda espiritual para afastar esses espíritos e facilitar a recuperação.
Cada um é responsável pelas suas escolhas. Não existe vítima. Mas todos têm o poder de mudar. Basta querer!
Para tais criaturas, é um grande alívio relaxar, poder se expressar de maneira mais fácil... Dá-lhes uma agradável sensação de bem-estar. Daí, o principal motivo que dificulta o abandono dos vícios é um só: elas gostam deles. Afinal, quando bebe ou se droga, o inseguro, que normalmente não acredita na própria capacidade e sempre se coloca em último lugar, perde o controle
mental. Torna-se ousado e essa sensação é muito prazerosa, de tal sorte que ele deseja cada vez mais sentir-se assim.
Quando não confia em si mesmo, a pessoa se retrai. Mas continua sonhando em ser socialmente aceita. Então, finge ser mais do que é na ilusão de, assim, conseguir o que deseja. Procura se autoafirmar, promover-se, ter um desempenho muito acima de suas possibilidades. Sob essas circunstâncias, vive entre dois extremos. Vai do excesso de euforia à depressão e, em ambos os casos, o álcool e a droga aliviam o desconforto, ajudando-a a esquecer sua dor. Em todos os casos, o viciado é alguém que vive muito fora da realidade.
Não olha nem vê a vida como ela é, pois teme perceber seus pontos fracos. Por tabela, não consegue enxergar suas qualidades. Em sua grande maioria são mimados, pensam que os outros têm obrigação de lhes fazer as vontades. Não desejam fazer nenhum esforço para melhorar de verdade a própria vida.
Ao nascer, o espírito pode, sim, já trazer essa personalidade - desenvolvida em anteriores encarnações. Mas a finalidade é melhorar e, para tanto, eles precisam fazer a sua parte no processo. Desde cedo os pais precisam estar atentos para identificar essas tendências e, assim, ajudar os filhos. O primeiro passo? Não serem superprotetores, pois não estabelecendo limites nem disciplina, contribuem para que as crianças cresçam sem conseguir reagir e vencer.
A superproteção os torna mais dependentes do que são e impede que testem a própria capacidade. Afinal, vivem acomodados na certeza de que alguém sempre fará tudo para ele. O problema é que, fora do lar, a vida não funciona assim e o mundo certamente cobrará um desempenho mais real para o qual eles não estão emocionalmente preparados. Seja na vida afetiva, na profissional e até na social... Não importa: onde desejarem ter sucesso, terão de enfrentar a desilusão e a descoberta de seus pontos fracos.
Se ao invés de fugir através dos vícios eles decidirem enfrentar a verdade, reconhecerem o erro e as condições de mudar, conseguirão deixar o vício, reaver a autoestima e tornar-se pessoasmelhores. O poder da mudança está nele. Só ele tem possibilidade de fazer isso.
A influência de espíritos viciados ocorre de fato, mas eles não induziram ao vício. Pelo contrário: foram atraídos por ele. Ao se ligarem com o viciado, há uma troca energética entre ambos e eles sentem o efeito das drogas, do que se privaram depois da morte. Por isso, quando o viciado quer largar o vício, além da ajuda médica, deve buscar ajuda espiritual para afastar esses espíritos e facilitar a recuperação.
Cada um é responsável pelas suas escolhas. Não existe vítima. Mas todos têm o poder de mudar. Basta querer!
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