Lewis Carroll diz em um de seus textos: “tudo aquilo que hoje é uma realidade, antes era apenas parte de um sonho impossível”. E por causa disso temos hoje o avião, os voos espaciais, o computador em que neste momento escrevo a coluna, etc.
Em sua famosa obra-prima “Alice através do espelho” há um diálogo entre o personagem principal e a rainha, que acabara de contar algo extraordinário.
“Não posso acreditar”, diz Alice.
“Não pode?”, a rainha repete com um ar triste. “Tente de novo: respire fundo, feche seus olhos, e acredite”.
Alice ri: “Não adianta tentar. Só tolos acham que coisas impossíveis podem acontecer”.
“Acho que o que lhe está faltando é um pouco de prática”, responde a rainha.
“Quando eu tinha sua idade, eu treinava pelo menos meia-hora por dia. Logo depois do café da manhã, fazia o possível para imaginar cinco ou seis coisas inacreditáveis que poderiam cruzar meu caminho, e hoje vejo que a maior parte das coisas que imaginei se tornaram realidade. Inclusive, eu me tornei rainha por causa disso”.
A vida nos pede constantemente: “acredite!”.
Acreditar que um milagre pode acontecer a qualquer momento é necessário para nossa alegria, mas também para nossa proteção ou para justificar a nossa existência.
No mundo de hoje, muita gente julga impossível acabar com a miséria, ter uma sociedade justa, diminuir a tensão religiosa que parece crescer a cada dia.
A maior parte das pessoas evita a luta sob os mais diversos pretextos: conformismo, maturidade, senso de ridículo, sensação de impotência. Vemos a injustiça sendo feita a nosso próximo, e ficamos calados. “Não vou me meter à toa em brigas”, é a explicação.
Isto é uma atitude covarde. Quem percorre um caminho espiritual, carrega consigo um código de honra a ser cumprido; a voz que clama contra o que está errado é sempre ouvida por Deus.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
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