quinta-feira, 31 de março de 2011
Deixe que digam, que pensem...
Diante de uma crítica qualquer, muita gente se sente diminuída, ofendida, com a autoestima abalada. Aliás, você já reparou que vários elogios podem ser anulados por uma única crítica? Você pode até ser bajulada a todo momento... Mas basta alguém chegar e dizer que você deveria ser assim ou assado que tudo muda - mesmo que a pessoa diga isso de maneira delicada. Aquilo bate forte dentro do peito. Nossa, em situações como essa a gente fica totalmente desconcertada! E, automaticamente, adotamos uma postura defensiva. É... os seres humanos são muito vulneráveis! Só de imaginar que vai ser criticada, você já muda a maneira de agir, já deixa de fazer as coisas como queria, não se coloca na vida como gostaria... E mais: tem gente que gasta uma vida inteira adotando posturas e atitudes falsas para evitar críticas. Então, preste atenção! Mesmo que você abra mão de ser espontânea para assumir diferentes modelos, jamais agradará a todos. Isso é impossível! E mais: você sempre será criticada por algum motivo. Quero que você perceba que as críticas não terão esse efeito arrasador se você não der importância a elas. Isso mesmo! Se as pessoas fossem um pouco mais inteligentes, não escutariam crítica alguma. Ou escutariam, mas com muita reserva: "Fulano me disse tal coisa? Será que é verdade? É melhor eu verificar se o que ele disse faz sentido". Você deve tirar conclusões com base na sua própria observação. E o detalhe: sempre com a mente lúcida e tranquila, e com os pés firmes no chão. O problema de receber críticas é quando a gente dá muito crédito à opinião dos outros. O que isso significa? Que você sempre se coloca em segundo plano. Desde pequenina, dá o lugar aos outros (não importa se está muito cansada), não machuca os outros (não importa quais sejam seus sentimentos)... Tudo é para os outros. O outro vai entrando de tal maneira em nós mesmos que temos um departamento na nossa cabeça que se chama Os Outros. Pode não haver ninguém controlando suas atitudes, mas você já está se justificando, dando satisfações. Que horror! Você? Ah, você está sempre em segundo plano, vai ficando lá no fundinho. E é por isso que as críticas magoam tanto seu coração. O segredo é um só: ponha-se sempre em primeiro lugar. Não estou estimulando o egoísmo, mas a autovalorização e a autoestima. Quero que as pessoas deem importância aos próprios dons e escutem os próprios sentimentos e emoções. Acredite! O sucesso vem quando a gente deixa de ligar para as opiniões dos outros. Se você cair na loucura de ouvir o mundo para se orientar, vai acabar se arrebentando. E essas pessoas que você tanto considera serão justamente as primeiras a lhe desprezar, a largar você no meio do caminho. Porque a lei é essa: você só pode dar valor a quem tem valor. Sempre que se deparar com uma crítica, pare e pense: "O que importa é o que eu sinto, não o que essa pessoa sente. O importante é o que eu ouço, não o que o outro fala. O essencial é o que eu penso, não o que o fulano ou o sicrano pensam. Dou valor àquilo que realmente sinto. A natureza me fez responsável por mim e assim o serei - para sempre!".
quarta-feira, 30 de março de 2011
Encontre hoje a sua felicidade
Quero ensinar a você um exercício. Com ele, você viverá definitivamente de bem com a vida. É como eu disse na coluna anterior: somos os maiores responsáveis pelas situações delicadas nas quais nos envolvemos. Sim, precisamos nos libertar! O exercício a seguir vai ajudar você a se soltar e ficar livre de sensações que só aprisionam sua alma, deixando você cega às oportunidades de felicidade que passam à sua frente. Vamos lá? Se você puder, ponha para tocar uma música suave e feche os olhos. Comece o exercício soltando algumas amarras que estão dentro de você. Solte essa vítima que, às vezes, você incorpora. Deixe de dar tanta importância aos desapontamentos que você teve na vida. Afinal, a vida continua! Agora repita: "Estou aqui e vivo a vida com os desafios que ela me traz. Eu não sou vítima, não protejo mais essa coisa pequena. Eu assumo minha coragem! Assumo minha vontade de ir em frente e a necessidade de estar sempre de bem com a vida. Eu posso manter meu alto-astral - permito-me falar o que quero, deixo que meus sentimentos se expressem como são. Eu posso manter o bom humor! Para isso, deixo que as pessoas cuidem dos próprios problemas e eu assumo os meus. Para continuar com esse entusiasmo, eu não espero nada de ninguém. Afinal, sou livre para aproveitar tudo que existe ao meu redor. Deixo minha curiosidade avançar até onde ela quer. Eu decido ser engraçada, ter humor e não levar as coisas tão a sério. Sim, eu posso sorrir, eu posso jogar fora minhas mágoas, minhas tristezas, meus desapontamentos e minhas desilusões. Que bom jogar fora todas as desilusões!". Vamos lá: faça isso por si mesma! Às vezes, você recomeça assim, renovada, e se sente meio atrapalhada. Parece até que está forçando a barra. É isso mesmo! É preciso forçar um pouquinho para dar o arranque. Continue dando esse tranco até que o motor esquente e você comece a despertar em si o ânimo e a alegria que dormiam, o humor que estava posto de lado. Deixe aflorar a criatividade, a curiosidade, a liberdade, as ideias, os verdadeiros objetivos. Volte a dizer: "Eu posso manter meu alto-astral porque me aceito como sou". Jogue pra dentro de si essa sensação gostosa: eu aceito. "Aceito que me deixei envolver pela tristeza, fruto dessas situações delicadas e difíceis que acabei criando quase sem perceber. Mas não brigo comigo: fiz o que fiz por achar que era o melhor, e agora eu me dou conta de que essa atitude não é mais a melhor pra mim. Eu me aceito como sou, diferente dos outros. Aceito que muitas pessoas não vão me entender, não vão gostar de mim. Aceito que não sou tão corajosa quanto poderia ser. Eu me abro pra crescer! Aceito que não sou tão coerente e sincera, e que não sou tão capaz. Aceito também que não sou perfeita. Eu cometo erros, mas também acerto. Aceito ser como sou porque essa é a minha viagem. Aceito minha vida com as coisas que eu criei e as pessoas que atraí. Aceito, assim, a possibilidade de mudar e renovar. Quando eu me aceito dessa maneira, encho-me de força e coragem. E não me canso jamais, porque enfrento as dificuldades sem medo. Eu supero tudo - sempre firme!"
segunda-feira, 28 de março de 2011
Aceite o outro como ele é
Filhos, pais, irmãos, primos, avós, maridos, amigos... Não importa o grau de parentesco: o segredo para estabelecer vínculos afetivos realmente verdadeiros está na flexibilidade com a qual se conduz cada relação. Como já citei algumas vezes, é fundamental saber aceitar as diferenças, os valores e as vontades dos outros. Essa postura flexível e leve irá atrair as pessoas ao seu redor. Elas vão querer estar sempre ao seu lado. Tem dificuldades para colocar isso em prática? Pois, hoje, trago um exercício que vai ajudar você nessa empreitada. Vamos lá? Comece tirando qualquer sentimento passado de culpa. Agora, liberte-se dessa personalidade radical, extremista, julgadora, justiceira - enfim, dessa mania de dirigir a vida dos outros da maneira como você conduz a sua. Algumas vezes nós nos tornamos muito fechados. Vamos, então, tentar abrir ao máximo nosso leque de aceitação. Lembre-se de que cada pessoa deste mundo está tentando seguir um caminho à própria maneira, como julga ser o correto. Todos nós estamos numa aventura para conhecer as coisas. Sinta como se você tirasse um espírito opressor que esteve ao seu lado durante toda a sua vida. Quer manter bons elos? Eu reforço: deixe de ser tão exigente, intransigente e arrogante. Tudo que você sabe deve ser usado para si mesma. O restante? Deixe estar e abençoe. Você tem filhos? Então, diga: "Vá, filho, escolha seu caminho. Eu lhe abençoo. Você é único, e eu aceito suas diferenças. Não estou aqui para criticar. Eu apenas acompanho - sou colega. Quero esse elo espiritual. Quero essa coisa boa com você!". É isso, pessoal. Se a gente pensa com egoísmo, perde tudo. Se nos abrimos aos elos, só ganhamos. Porque quando solta alguém é que a gente possui essa pessoa de verdade. E quando prende ou impõe, a gente afasta as pessoas amadas. E repita: "De uma vez por todas, eu me abro para aceitar as pessoas, com momentos e particularidades que são diferentes das minhas". Vamos lá: adote essa conduta com os membros da sua família. Incorpore-a também no convívio social e no ambiente profissional. Quanto mais diferente for a criatura, mais você deve se abrir para aceitá-la. A partir disso, você pode perceber muita coisa boa que não via antes, enquanto era egoísta. Pode também conhecer milhões e milhões de realidades no mundo. Muito bem, agora que você está mais aberta e solta, feche os olhos e se eleve. Busque as conexões com suas famílias desencarnadas. Sim, o seu espírito tem elos extraordinários com pessoas que já se foram. Isso é muito importante, porque quando estamos na vida física essas criaturas torcem por nós. Participam como amigos invisíveis, nos socorrem, nos alimentam e tentam ajudar quando podem. As conexões são eternas e jamais se dissolvem. Por fim, repita: "Sei que não caminho só. E nesse elo há muito amor e muita paz. Meu espírito é lúcido para a eternidade. Quando sinto isso forte em mim, essa energia se espalha pelo grupo, fortalecendo os elos verdadeiros. Rompo distâncias e as barreiras da hipocrisia. Eu me aproximo do outro com sinceridade. À medida que me torno apta a aceitar as diferenças, me confraternizo neste mundo de paz".
quinta-feira, 24 de março de 2011
A vida
A vida é como uma grande corrida de bicicleta. cuja meta é cumprir a Lenda Pessoal.
Na largada, estamos juntos, compartilhando camaradagem e entusiasmo. Mas, à medida que a corrida se desenvolve, a alegria inicial cede lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas quanto à própria capacidade.
Reparamos que alguns amigos desistiram do desafio, ainda estão correndo, mas apenas por que não podem parar no meio de uma estrada; eles são numerosos, pedalam ao lado do carro de apoio, conversam entre si, e cumprem uma obrigação.
Terminamos por nos distanciar deles; e então somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas, os problemas com a bicicleta.
Perguntamo-nos finalmente se vale a pena tanto esforço. Sim, vale. É só não desistir.
Na largada, estamos juntos, compartilhando camaradagem e entusiasmo. Mas, à medida que a corrida se desenvolve, a alegria inicial cede lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas quanto à própria capacidade.
Reparamos que alguns amigos desistiram do desafio, ainda estão correndo, mas apenas por que não podem parar no meio de uma estrada; eles são numerosos, pedalam ao lado do carro de apoio, conversam entre si, e cumprem uma obrigação.
Terminamos por nos distanciar deles; e então somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas, os problemas com a bicicleta.
Perguntamo-nos finalmente se vale a pena tanto esforço. Sim, vale. É só não desistir.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Mojud e a Vida Inexplicável
(inspirado em um conto sufi)
Mojud era um funcionário de uma repartição pública em uma pequena cidade do interior. Não tinha qualquer perspectiva de um emprego melhor, e seu país atravessava uma grande crise econômica, e Mojud já estava resignado em passar o resto de sua vida trabalhando oito horas por dia, e tentando divertir-se durante as noites e os finais de semana, vendo televisão.
Certa tarde, Mojud viu dois galos brigando. Com pena dos animais, foi até o meio da praça para separá-los, sem dar-se conta que estava interrompendo uma luta de galos-de-briga. Irritados, os espectadores espancaram Mojud. Um deles ameaçou-o de morte, porque o seu galo estava quase ganhando, e ia receber uma fortuna em apostas.
Com medo, Mojud resolveu deixar a cidade. As pessoas estranharam quando ele não apareceu no emprego – mas como havia vários candidatos para o posto, esqueceram rápido o antigo funcionário.
Depois de tres dias viajando, Mojud encontrou um pescador.
- Onde você está indo? – perguntou o pescador.
- Não sei.
Compadecido da situação do homem, o pescador levou-o para sua casa. Depois de uma noite de conversas, descobriu que Mojud sabia ler, e propos um trato: ensinaria o recem-chegado a pescar, em troca de aulas de alfabetização.
Mojud aprendeu a pescar. Com o dinheiro dos peixes, comprou livros para poder ensinar ao pescador. Lendo, aprendeu coisas que não conhecia.
Um dos livros, por exemplo, ensinava marcenaria, e Mojud resolveu montar uma pequena oficina.
Ele e o pescador compraram ferramentas, e passaram a fazer mesas, cadeiras, estantes, equipamentos de pesca.
Muitos anos se passaram. Os dois continuavam a pescar, e contemplavam a natureza durante o tempo que passavam no rio. Os dois também continuavam a estudar, e os muitos livros desvendavam a alma humana. Os dois continuavam a trabalhar na marcenaria, e o trabalho físico os deixava saudáveis e fortes.
Mojud adorava conversar com os fregueses. Como agora era um homem culto, sábio, e saudável, as pessoas lhe pediam conselhos. A cidade inteira começou a progredir, porque todos viam em Mojud alguém capaz de dar boas soluções aos problemas da região.
Os jovens da cidade formaram um grupo de estudos com Mojud e o pescador, e logo espalharam aos quatro ventos que eram discípulos de sábios. Um dos jovens perguntou, certa tarde:
- Mojud resolveu abandonar tudo para dedicar-se a busca da sabedoria?
- Não – respondeu Mojud. – Eu tinha medo de ser assassinado na cidade onde vivia.
Mas os discípulos aprendiam coisas importantes, e logo transmitiam à outras pessoas. Um famoso biógrafo foi chamado para relatar a vida dos Dois Sábios, como eram agora conhecidos. Mojud e o pescador contaram o que tinha acontecido.
- Mas nada disso reflete a sabedoria de vocês – disse o biógrafo.
- Tem razão – respondeu Mojud. – Mas é a verdade. – Nada de especial aconteceu em nossas vidas.
O biógrafo escreveu durante cinco meses. Quando o livro foi publicado, transformou-se num grande êxito de vendas. Era uma maravilhosa e excitante história de dois homens que buscam o conhecimento, largam tudo que faziam, lutam contra as adversidades, encontram mestres secretos.
- Não é nada disso – disse Mojud, ao ler sua biografia.
- Santos precisam ter vidas excitantes – respondeu o biógrafo. – Uma história tem que ensinar algo, e a realidade nunca ensina nada.
Mojud desistiu de argumentar. Sabia que a realidade era o que ensinava tudo que um homem precisa saber, mas não adiantava tentar explicar isso.
“Que os tolos continuem vivendo com suas fantasias”, disse para o pescador.
E ambos continuaram a ler, escrever, pescar, trabalhar na marcenaria, ensinar os discípulos, fazer o bem. Só prometeram nunca mais tornar a ler livros sobre vida de santos, já que as pessoas que escrevem este tipo de livro não compreendem uma verdade bem simples: tudo que um homem comum faz em sua vida o aproxima de Deus.
Mojud era um funcionário de uma repartição pública em uma pequena cidade do interior. Não tinha qualquer perspectiva de um emprego melhor, e seu país atravessava uma grande crise econômica, e Mojud já estava resignado em passar o resto de sua vida trabalhando oito horas por dia, e tentando divertir-se durante as noites e os finais de semana, vendo televisão.
Certa tarde, Mojud viu dois galos brigando. Com pena dos animais, foi até o meio da praça para separá-los, sem dar-se conta que estava interrompendo uma luta de galos-de-briga. Irritados, os espectadores espancaram Mojud. Um deles ameaçou-o de morte, porque o seu galo estava quase ganhando, e ia receber uma fortuna em apostas.
Com medo, Mojud resolveu deixar a cidade. As pessoas estranharam quando ele não apareceu no emprego – mas como havia vários candidatos para o posto, esqueceram rápido o antigo funcionário.
Depois de tres dias viajando, Mojud encontrou um pescador.
- Onde você está indo? – perguntou o pescador.
- Não sei.
Compadecido da situação do homem, o pescador levou-o para sua casa. Depois de uma noite de conversas, descobriu que Mojud sabia ler, e propos um trato: ensinaria o recem-chegado a pescar, em troca de aulas de alfabetização.
Mojud aprendeu a pescar. Com o dinheiro dos peixes, comprou livros para poder ensinar ao pescador. Lendo, aprendeu coisas que não conhecia.
Um dos livros, por exemplo, ensinava marcenaria, e Mojud resolveu montar uma pequena oficina.
Ele e o pescador compraram ferramentas, e passaram a fazer mesas, cadeiras, estantes, equipamentos de pesca.
Muitos anos se passaram. Os dois continuavam a pescar, e contemplavam a natureza durante o tempo que passavam no rio. Os dois também continuavam a estudar, e os muitos livros desvendavam a alma humana. Os dois continuavam a trabalhar na marcenaria, e o trabalho físico os deixava saudáveis e fortes.
Mojud adorava conversar com os fregueses. Como agora era um homem culto, sábio, e saudável, as pessoas lhe pediam conselhos. A cidade inteira começou a progredir, porque todos viam em Mojud alguém capaz de dar boas soluções aos problemas da região.
Os jovens da cidade formaram um grupo de estudos com Mojud e o pescador, e logo espalharam aos quatro ventos que eram discípulos de sábios. Um dos jovens perguntou, certa tarde:
- Mojud resolveu abandonar tudo para dedicar-se a busca da sabedoria?
- Não – respondeu Mojud. – Eu tinha medo de ser assassinado na cidade onde vivia.
Mas os discípulos aprendiam coisas importantes, e logo transmitiam à outras pessoas. Um famoso biógrafo foi chamado para relatar a vida dos Dois Sábios, como eram agora conhecidos. Mojud e o pescador contaram o que tinha acontecido.
- Mas nada disso reflete a sabedoria de vocês – disse o biógrafo.
- Tem razão – respondeu Mojud. – Mas é a verdade. – Nada de especial aconteceu em nossas vidas.
O biógrafo escreveu durante cinco meses. Quando o livro foi publicado, transformou-se num grande êxito de vendas. Era uma maravilhosa e excitante história de dois homens que buscam o conhecimento, largam tudo que faziam, lutam contra as adversidades, encontram mestres secretos.
- Não é nada disso – disse Mojud, ao ler sua biografia.
- Santos precisam ter vidas excitantes – respondeu o biógrafo. – Uma história tem que ensinar algo, e a realidade nunca ensina nada.
Mojud desistiu de argumentar. Sabia que a realidade era o que ensinava tudo que um homem precisa saber, mas não adiantava tentar explicar isso.
“Que os tolos continuem vivendo com suas fantasias”, disse para o pescador.
E ambos continuaram a ler, escrever, pescar, trabalhar na marcenaria, ensinar os discípulos, fazer o bem. Só prometeram nunca mais tornar a ler livros sobre vida de santos, já que as pessoas que escrevem este tipo de livro não compreendem uma verdade bem simples: tudo que um homem comum faz em sua vida o aproxima de Deus.
terça-feira, 15 de março de 2011
Dependa apenas de você mesma
Eu já havia falado que, durante o nosso processo de amadurecimento, existe uma parte de nós que insiste em não crescer. Nesta semana, continuaremos, portanto, a trabalhar essa parte com o intuito de nos libertarmos de falsas interpretações e assim garantir a harmonia em nossas vidas.
Para começar, quero reforçar a seguinte ideia: a paz interior só se fará presente quando você se bastar. Só você! Pare, portanto, de se preocupar com a opinião alheia. Lembre-se de que quem está dependente do outro tem de estar preparado para tudo: não só receber elogios, mas também críticas. Fica totalmente vulnerável. Situação um tanto desconfortável essa, não é mesmo? Então, domine de uma vez por todas essa maldita dependência!
A salvação do ser humano existe: é parar de querer coisas do outro. Essa parte é infantil porque quer viver da compreensão alheia. Torno a dizer: é você quem precisa da sua compreensão. Além do que, ninguém é capaz de entender a gente cem por cento. Existem ainda aquelas pessoas que vivem afirmando que são carentes. Ora, isso é uma vergonha! Carência não significa que você precisa receber e sim dar. Dar para si mesma. Se preencher com seu próprio eu. Nada é mais importante que a sua aprovação, o seu amor, seus sentimentos e sensações.
Só para ilustrar, quero lhe dar um exemplo. Uma das melhores coisas no mundo não é ter o próprio dinheiro? Pois bem, quem tem esse privilégio faz e acontece; tem autonomia e é livre para escolher boa parte dos seus caminhos. Por outro lado, aquele que depende de outro financeiramente fica totalmente à mercê dele para tomar qualquer decisão que envolva dinheiro. Fica preso, atado.
Pois bem! Aplique agora essa situação na relação afetiva. É a mesma coisa. É terrível depender da atenção, do carinho, do incentivo, do apoio do outro para ficar bem, se sentir feliz. Em outras palavras, quero fazê-la entender que, se você está nessa carência, é apenas você que tem que se resolver. Carência significa que não estou fazendo o que preciso por mim. É uma relação íntima. Só você pode se preencher.
A ciumenta? Ah, essa sofre! Sofre porque ciúme é sinônimo de auto-estima abalada, de não valorização. A pessoa passa a exigir em demasia do parceiro, fica viciada no outro. Quanto mais ela exige, pior sua auto-estima. É um ciclo vicioso. Ciúme nada tem a ver com amor. O ciúme pode, inclusive, levar à loucura. Ele está voltado à atenção; a pessoa quer toda a atenção para si. Isso vira tragédia grega!
Veja bem: quanto mais madura você é, melhor serão seus relacionamentos, especialmente os afetivos. Significa que, quando você se aceita e se valoriza, se torna uma pessoa completa, despreocupada e espontânea. Resultado, só atrai coisas boas.
Pois é, gente, quando pararmos de nos submeter à aprovação e aceitação dos outros, nossos caminhos tenderão a fluir. Saiba que as forças espirituais só agem a nosso favor quando nos respeitamos, nos valorizamos. Então vamos lá: coloque-se sempre em primeiro lugar!
Para começar, quero reforçar a seguinte ideia: a paz interior só se fará presente quando você se bastar. Só você! Pare, portanto, de se preocupar com a opinião alheia. Lembre-se de que quem está dependente do outro tem de estar preparado para tudo: não só receber elogios, mas também críticas. Fica totalmente vulnerável. Situação um tanto desconfortável essa, não é mesmo? Então, domine de uma vez por todas essa maldita dependência!
A salvação do ser humano existe: é parar de querer coisas do outro. Essa parte é infantil porque quer viver da compreensão alheia. Torno a dizer: é você quem precisa da sua compreensão. Além do que, ninguém é capaz de entender a gente cem por cento. Existem ainda aquelas pessoas que vivem afirmando que são carentes. Ora, isso é uma vergonha! Carência não significa que você precisa receber e sim dar. Dar para si mesma. Se preencher com seu próprio eu. Nada é mais importante que a sua aprovação, o seu amor, seus sentimentos e sensações.
Só para ilustrar, quero lhe dar um exemplo. Uma das melhores coisas no mundo não é ter o próprio dinheiro? Pois bem, quem tem esse privilégio faz e acontece; tem autonomia e é livre para escolher boa parte dos seus caminhos. Por outro lado, aquele que depende de outro financeiramente fica totalmente à mercê dele para tomar qualquer decisão que envolva dinheiro. Fica preso, atado.
Pois bem! Aplique agora essa situação na relação afetiva. É a mesma coisa. É terrível depender da atenção, do carinho, do incentivo, do apoio do outro para ficar bem, se sentir feliz. Em outras palavras, quero fazê-la entender que, se você está nessa carência, é apenas você que tem que se resolver. Carência significa que não estou fazendo o que preciso por mim. É uma relação íntima. Só você pode se preencher.
A ciumenta? Ah, essa sofre! Sofre porque ciúme é sinônimo de auto-estima abalada, de não valorização. A pessoa passa a exigir em demasia do parceiro, fica viciada no outro. Quanto mais ela exige, pior sua auto-estima. É um ciclo vicioso. Ciúme nada tem a ver com amor. O ciúme pode, inclusive, levar à loucura. Ele está voltado à atenção; a pessoa quer toda a atenção para si. Isso vira tragédia grega!
Veja bem: quanto mais madura você é, melhor serão seus relacionamentos, especialmente os afetivos. Significa que, quando você se aceita e se valoriza, se torna uma pessoa completa, despreocupada e espontânea. Resultado, só atrai coisas boas.
Pois é, gente, quando pararmos de nos submeter à aprovação e aceitação dos outros, nossos caminhos tenderão a fluir. Saiba que as forças espirituais só agem a nosso favor quando nos respeitamos, nos valorizamos. Então vamos lá: coloque-se sempre em primeiro lugar!
segunda-feira, 14 de março de 2011
A menor constituição do mundo
Um grupo de sábios judeus reuniu-se para tentar criar a menor Constituição do mundo. Se alguém fosse capaz de definir - no espaço de tempo que um homem leva para equilibrar-se em um só pé - as leis que deviam reger o comportamento humano, este seria considerado o maior de todos os sábios.
- Deus pune os criminosos - disse um.
Os outros argumentaram que isto não era uma lei, mas uma ameaça; a frase não foi aceita.
- Deus é amor – comentou outro.
De novo, os sábios não aceitaram a frase, dizendo que ela não explicava direito os deveres da humanidade.
Neste momento, aproximou-se o rabino Hillel. E, colocando-se num só pé, disse:
- Não faça com seu próximo aquilo que você detestaria que fizessem com você; esta é a Lei. Todo o resto é comentário jurídico.
E o rabino Hillel foi considerado o maior sábio de seu tempo.
- Deus pune os criminosos - disse um.
Os outros argumentaram que isto não era uma lei, mas uma ameaça; a frase não foi aceita.
- Deus é amor – comentou outro.
De novo, os sábios não aceitaram a frase, dizendo que ela não explicava direito os deveres da humanidade.
Neste momento, aproximou-se o rabino Hillel. E, colocando-se num só pé, disse:
- Não faça com seu próximo aquilo que você detestaria que fizessem com você; esta é a Lei. Todo o resto é comentário jurídico.
E o rabino Hillel foi considerado o maior sábio de seu tempo.
sábado, 12 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
Moisés divide as águas
“As vezes a gente se acostuma com o que vê nos filmes, e termina esquecendo a verdadeira historia”, diz um amigo, enquanto olhamos juntos o porto de Miami. “Lembra-se dos “Dez Mandamentos? “
Claro que me lembro. Moisés – Charton Heston – em determinado momento levanta seu bastão, as águas se dividem, e o povo hebreu atravessa a grande água.
“Na Bíblia é diferente”. Comenta meu amigo. “Ali, Deus ordena a Moisés: “diz aos filhos de Israel que marchem”. E só depois que começam a andar é que Moisés levanta o bastão, e o Mar Vermelho se abre”.
“Só a coragem no caminho faz com que o caminho se manifeste”.
Claro que me lembro. Moisés – Charton Heston – em determinado momento levanta seu bastão, as águas se dividem, e o povo hebreu atravessa a grande água.
“Na Bíblia é diferente”. Comenta meu amigo. “Ali, Deus ordena a Moisés: “diz aos filhos de Israel que marchem”. E só depois que começam a andar é que Moisés levanta o bastão, e o Mar Vermelho se abre”.
“Só a coragem no caminho faz com que o caminho se manifeste”.
segunda-feira, 7 de março de 2011
para pensar
sábado, 5 de março de 2011
A cidade do outro lado
Um eremita do mosteiro de Sceta se aproximou do Abade Teodoro:
- Sei exatamente qual o objetivo da vida. Sei o que Deus pede ao homem, e conheço a melhor maneira de serví-Lo. E, mesmo assim, sou incapaz de fazer aquilo tudo que devia estar fazendo para servir ao Senhor.
O abade Teodoro ficou um longo tempo em silêncio. Finalmente disse:
- Você sabe que existe uma cidade do outro lado do oceano. Mas ainda não encontrou o navio, não colocou sua bagagem a bordo, e não cruzou o mar. Por que ficar comentando como ela é, ou como devemos caminhar por suas ruas?
“Saber o objetivo da vida, ou conhecer a melhor maneira de servir ao Senhor, não basta. Coloque em prática o que você está pensando, e o caminho se mostrará por si mesmo”.
- Sei exatamente qual o objetivo da vida. Sei o que Deus pede ao homem, e conheço a melhor maneira de serví-Lo. E, mesmo assim, sou incapaz de fazer aquilo tudo que devia estar fazendo para servir ao Senhor.
O abade Teodoro ficou um longo tempo em silêncio. Finalmente disse:
- Você sabe que existe uma cidade do outro lado do oceano. Mas ainda não encontrou o navio, não colocou sua bagagem a bordo, e não cruzou o mar. Por que ficar comentando como ela é, ou como devemos caminhar por suas ruas?
“Saber o objetivo da vida, ou conhecer a melhor maneira de servir ao Senhor, não basta. Coloque em prática o que você está pensando, e o caminho se mostrará por si mesmo”.
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